Daltonismo e nós

Meu pai deixou um legado para seus netos. Ele era daltônico e só distinguia o preto e o branco.

Minha mãe deixava sobre a cama a roupa que ele ia vestir, para que não saísse todo colorido. Quando na cidade começou o sinal de trânsito só reconhecia pela luz e a ordem das cores no semáforo.

Era muito inteligente e nunca na vida as pessoas que o cercavam observaram isso, somente nós, sua família.

Tenho 3 sobrinhos e um filho, dos 4 só um não tem problema, os outros estão ligados geneticamente ao passado.

Resolvi fazer uma pesquisa, aqui pela net mesmo, vamos ver o que vai dar:

Tópicos principais:

1) Existem vários tipos de daltonismo, uns mais outros menos. Alguns reconhecem o verde e não reconhecem o vermelho, ou vice-versa. Outros o comprimento da onda da cor não chega aos cones que existem nos nossos olhos e por aí vai. Vale lembrar que é na retina que tudo acontece.

2) Um tipo raro de daltonismo é aquele em que há uma "cegueira" completa para as cores: o mundo é visto a preto e branco e em tons de cinza. Nesse caso, estamos perante aquilo a que se dá o nome de visão acromática, esse era o caso do meu pai, mas não de seus netos. Eles reconhecem algumas cores, principalmente as mais fortes, ex: roxo

3) A mutação genética que provoca o daltonismo sobreviveu pela vantagem dada aos daltônicos ao longo da história evolutiva.

Essa vantagem advém, sobretudo, do fato de os portadores desses genes possuírem uma melhor capacidade de visão noturna, bem como maior capacidade de reconhecerem elementos semi-ocultos, contrastes e brilho, maior facilidade de visualizar imagens em três dimensões e facilidade na percepção de texturas.

Durante a Segunda Guerra Mundial, descobriu-se que os soldados daltônicos tinham mais facilidade para detectar camuflagens ocultas na mata; uma pintura de camuflagem pode “enganar” o olho normal, mas como a textura do tecido não é idêntica à da folhagem que a circunda, o daltônico percebe a diferença. E mais: devido à sensibilidade alterada dos cones fotorreceptores, os daltônicos podem apresentar também sensibilidade para diferenças de cor que não são aparentes para aqueles com visão normal

Ufa!!!! Alguma vantagem tinha que ter, não é?

 5) O daltônico desenvolve um padrão próprio para distinguir as cores. Em geral, associa algumas cores com a escala de brilho que produzem. Por isso que a maioria dos daltônicos se adapta social e profissionalmente sem dificuldade ou impedimento e em incontáveis casos passa a vida toda sem perceber a própria anomalia. Da mesma forma, é possível conviver com daltônicos sem nunca percebê-los como tal

6) O homem é formado por genes XY, e a mulher por XX. Por isso é mais raro ter mulher daltônica porque ela teria que ter nos dois genes e não em um só como o homem.

7) Isso é importante: onde D é visão normal e d é o daltônico

a)     Se a mãe não for daltônica nem portadora (DD) e o pai possuir visão normal (D), nenhum dos descendentes será daltônico nem portador, isso é óbvio, ninguém tem a doença.

b) Se a mãe possuir visão normal (DD) e o pai for daltônico (d), nenhum dos descendentes será daltônico, porém as filhas serão portadoras do gene (Dd). Esse é o meu caso, meus pais tiveram três filhas, ele era daltônico e ela não.

c) Se a mãe for portadora do gene (Dd) e o pai possuir visão normal (D), há a probabilidade de 50% dos filhos serem daltônicos e 50% das filhas serem portadoras do gene.

 Por isso dizem que a mãe é a portadora e que carrega o gene.

Nossos maridos não são daltônicos e nós, as filhas de meu pai carregamos o gene.

Eu carrego o gene. Passei para meu filho e como tenho três filhas, 50% delas carregarão o gene, mas não são daltônicas. E se eu tivesse tido mais um filho homem, esse poderia ser ou não. Que é o caso dos meus sobrinhos, que são irmãos, um é daltônico e o outro não.

d) Se a mãe for portadora do gene (Dd) e o pai for daltônico (d), 50% dos filhos e das filhas serão daltônicos.

 
e) Se a mãe for daltônica (dd) e o pai possuir visão normal (D), todos os filhos serão daltônicos (d) e todas as filhas serão portadoras (Dd). 

f) Se a mãe for daltônica (dd) e o pai também (d) 100% dos filhos e filhas também serão daltônicos. 

A mãe é sempre portadora e o pai é ou não.

8) Atualmente não existe nenhum tipo de tratamento conhecido para esse distúrbio. Existe vários estudo com lentes, mas ainda não concluído.

Porém, um daltônico pode viver de modo perfeitamente normal, desde que tenha conhecimento das limitações de sua visão. O portador do problema pode, por exemplo, observar a posição das cores de um semáforo, de modo, a saber, qual a cor indicada pela lâmpada.

Algumas cidades já possuem semáforos adaptados para os portadores de daltonismo, que apresentam uma faixa branca ao lado da luz amarela, possibilitando ao daltônico distinguir qual a cor do sinal aceso pela posição da luz (acima ou abaixo da faixa).

9) Os testes de Ishihara ele é o melhor teste para se saber se é daltônico

10) Em alguns países você precisa de visão normal para tirar a carteira de motorista. – Estima-se que no país haja cerca de 8 milhões de daltônicos e só na cidade de São Paulo, quase 500 mil. Mesmo não havendo comprovação, nem sequer indícios, de que os daltônicos se envolvam em número maior de infrações, sua situação especial pede uma reflexão sobre a relação que desenvolvem com a sinalização de trânsito.

11) Na idade escolar surgem às primeiras dificuldades com cores, sobretudo em desenhos e mapas, os pais e professores devem estar atentos ao problema, evitando constranger e traumatizar a criança. Pode ser frustrante para uma criança ter a certeza de que está vendo algo em determinada cor, enquanto todos os colegas e a professora afirmam que ela está errada. Acabam falando nas séries seguintes que eles foram mal alfabetizados, cuidado professores e pais. Mora aí um grande problema. Existem diferenças nos seres humanos. 

Lápis de cores podem ter o nome de cada cor gravada em seu corpo de modo a facilitar sua identificação.

Puxa vida! Porque não pensei nisso antes.

12) Para um daltônico, navegar em websites coloridos da Internet pode ser uma experiência não muito agradável. Alguns textos podem estar ilegíveis, de acordo com o esquema de cores utilizado. Devido ao grande número de deficientes para cores e a existência de dificuldades para navegar pela Web, há uma tendência das empresas pensarem com mais seriedade na criação de páginas que sejam acessíveis a todos.

Curiosidades

1) Os daltônicos são incapazes de discernir as sete cores de um arco-íris

2) O daltonismo pode representar uma vantagem evolutiva sobre as pessoas portadoras de visão normal, tal como descrito num artigo publicado pela BBC Online.
3) Uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Cambridge demonstrou que algumas formas de daltonismo podem, na verdade, proporcionar uma visão mais aprimorada de algumas cores. 
4) Durante a 2ª Guerra Mundial se descobriu que os soldados daltônicos tinham mais facilidade para detectar camuflagens ocultas na mata. 
5) Os daltônicos possuem uma visão noturna superior a de uma pessoa com visão normal. 
6) Eles também são capazes de identificar mais matizes de violeta que as pessoas de visão normal. 
7) É provado que pessoas que possuem a anomalia em questão possuem melhor desempenho sexual. 
8) A maioria dos daltônicos não sabe que possui esta anomalia. 
9) A percepção das cores varia muito de uma pessoa com daltonismo para outra. . 
10) A incidência de daltonismo é maior entre os descendentes de europeus. 

11) Os daltônicos vêem, em média, entre 500 a 800 cores. Normalmente as cores prediletas de quem tem esta alteração genética são o azul ou roxo, por serem cores vivas. 
12) Para os daltônicos o arco-íris não possui 7 cores. 

Famosos daltônicos;

1) O pintor Vincent van Gogh

2) Mark Zuckerberg sua marca  registrada do Facebook, escolheu azul e esta cor é a que os daltônicos sempre vêem.

3) Jonh Dalton, estudioso daí o nome, daltonismo.

4) Rafinha Bastos

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