Ano de vestibular aqui em casa é ano de muito estresse sei que tenho que motivá-los a estudar, mas também reconheço que é uma época difícil para os adolescentes.
Já tive três meninas nessa fase foi muito difícil, doloroso, mas conseguimos.
Agora tenho um rapaz de dezessete anos com a vida pulsando, seu corpo adolescente sofrendo várias modificações, o seu mundo mudando rapidamente e com mais liberdade porque a idade permite.
Tudo isso contribuindo para o pensamento estar em tudo menos no bendito vestibular. A cabecinha deles está no presente.
E com esta idade quem pensa que envelhecerá que terá uma família e que a vida não ficará parada ali para sempre?
Sei que é complicado e difícil para eles, mas sei também que o meu dever é de mantê-lo com a cabeça voltada mais para o futuro e tentar focá-lo neste ano e no vestibular.
Já fiz isso três vezes e me pego pensando que não terei força para passar por tudo outra vez mais aí me lembro que ele merece esse meu sacrifício e que se agora sente raiva de mim, no futuro me agradecerá.
Que Deus me ajude nessa batalha e que me dê forças para não desanimar e encher meu filho de beijos e dizer a ele: “Deixe para lá, eu vou te amar de qualquer jeito.”
Esta é a totina que criei para ele, se ajudar a alguma mãe ficarei feliz. Ainda não sei se está dando certo mas espero que sim.
Vestibulando
Organize-se por matéria e cada dia ou cada hora estude uma delas, talvez uma mais fácil com uma mais difícil, mas não desanime.
Faça sua rotina:
Anote aqui os simulados que fez:
Relacione aqui o que tem visto e feito:
· Preparando-se durante o ano você tem mais chances de passar no vestibular do que dedicando os meses de véspera da prova a recuperar o tempo perdido.
· Não deixe suas matérias se acumularem, anote suas dúvidas e tente resolvê-las e, acima de tudo, não deixe de viver sua vida, conviver com os amigos e namorar.
· E se cumprir todo o combinado não deixe de sair, a convivência social é fundamental para a construção de sua personalidade e de suas opiniões.
Pense agora, estou realmente cumprindo o necessário? Posso melhorar?
Crônica de humor
Procura basicamente o riso, com certo registro irônico dos costumes. Apresenta-se, como já vimos, tanto sob a forma de um comentário quanto de um relato curto, próximo do conto. Do primeiro caso tem-se como exemplo um trecho de O flagelo do vestibular, de Luis Fernando Veríssimo:
( ...) Nunca tive que passar pelo martírio de um vestibular. É uma experiência que jamais vou ter, como a dor do parto. Mas isso não impede que todos os anos, por essa época, eu sofra com o padecimento de amigos que se submetem à terrível prova, ou até de estranhos que vejo pelos jornais chegando um minuto atrasados, tendo insolações e tonturas, roendo metade do lápis durante o exame e no fim olhando para o infinito com aquele ar de sobrevivente da Marcha da Morte de Batan. Enfim, os flagelados do unificado. Só lhes posso oferecer a minha simpatia. Como ofereci a uma conhecida nossa que este ano esteve no inferno.
– Calma, calma. Você pode parar de roer as unhas. O pior já passou.
- Não consigo. Vou levar duas semanas para me acalmar.
– Bom, então roa as suas próprias unhas. Essas são as minhas.
– Ah, desculpe. Foi terrível. A incerteza, as noites sem sono. Eu estava de um jeito que até calmante me excitava, e quando conseguia dormir sonhava com escolhas múltiplas: A) fracasso, B) vexame, C) desilusão. E acordava gritando: Nenhuma destas, nenhuma destas. Foi horrível.
– Só não compreendo porque você inventou de fazer vestibular a esta altura da vida...
– Mas quem é que fez vestibular? Foi meu filho! E o cretino está na praia, enquanto eu fico aqui, à beira do colapso.
Mãe de vestibulando. Os casos mais dolorosos. O inconsciente do filho às vezes nem tá: diz pra coroa que cravou coluna do meio em tudo e está matematicamente garantido. E ela ali, desdobrando fila por fila o gabarito. Não haveria um jeito mais humano de fazer a seleção para as universidades? Por exemplo, largar todos os candidatos no ponto mais remoto da floresta amazônica e os que voltassem à civilização estariam automaticamente classificados? Afinal, o Brasil precisa de desbravadores. E as mães dos reprovados, quando indagadas sobre a sorte do filho, poderiam enxugar uma lágrima e dizer com altivez:
– Ele foi um dos que não voltaram...
Em vez de:
– É um burro!
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